terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Quero Ser Beth Levitt



Em Quero Ser Beth Levitt conhecemos Amelie Wood, uma garota que ficou órfã quando criança e desde então vem morando num abrigo para meninas. Mas, ao completar 18 anos, Amelie tem que sair de lá e tomar conta de sua própria vida.

Com a ajuda de uma advogada e antiga amiga da família, ela volta a morar na casa dos pais e começa a tocar a vida. O problema é que Amie não sabe nada do mundo! Então arranjar um emprego acaba se tornando uma tarefa praticamente impossível. Até que ela é parada na rua e recebe uma oportunidade única: um teste para um comercial de TV. Porém, depois de muitas reviravoltas, ela acaba sendo escalada. Não para o comercial, mas para um filme!

Doce Acaso é a adaptação do livro favorito de sua mãe, que ela guardou com carinho, lendo e relendo incontáveis vezes durante os anos. Logo ela descobre que vai contracenar com, nada mais nada menos que Chris Martin, um dos maiores galãs da atualidade, de quem sempre foi fã. Mas, essa é apenas uma das surpresas na nova vida de Amie. Todo o livro é recheado de reviravoltas inacreditáveis, no bom estilo Sophie Kinsella de ser.

Vou começar explicitando o único ponto negativo da história porque é tanta coisa boa que não quero perder muito tempo falando do que não gostei. No começo, Amie é muito ingênua. Ok, era de se esperar de uma menina que cresceu num orfanato e não teve muito contato com o mundo exterior. Mesmo assim, é de impressionar que a menina não soubesse o que era um currículo ou até mesmo portas automáticas (tipo as de shopping)! Portanto, ao mesmo tempo em que achava divertidas essas situações nas quais ela se meteu no começo da história, também achava too much. Mas passada essa parte de adaptação, a ingenuidade de Amie tomou um nível aceitável e não me incomodou mais durante o resto do livro.

Amie é uma personagem encantadora. Doce, leal, simpática e muito modesta, ela é o tipo de pessoa que você quer colocar num potinho e levar por aí. Mesmo com todas as tragédias que aconteceram em sua vida (o pai morreu num acidente e a mãe de câncer, anos depois), ela não se tornou uma pessoa amarga nem ressentida. Muito pelo contrário, a lembrança de seus pais e dos momentos que passaram juntos pareciam dar força para que ela continuasse.

Por ser uma pessoa tão incrível, ela conseguiu contagiar os demais quando entrou para o mundo do showbiz. O mais afetado foi, certamente, Chris. Depois de fazer muito sucesso, ele acabou se perdendo um pouco na vida e deixando se levar pela luxúria da profissão. Porém, ao conhecer Amie, ele conseguiu voltar a ser o rapaz mais encantador do mundo *suspiros*. Eu gostei MUITO da pessoa que ele se tornou quando Amie apareceu. Inclusive diria que ele virou um dos meus mocinhos preferidos de todos os tempos.

Fazia muito tempo que eu não lia um romance tão bom assim. Tudo foi muito bem construído, de forma que não rolou insta-love, mas também não foi tão lento e arrastado como muito trelelê por aí. Tudo acontece na base de troca de olhares, gentilezas e muita conversa. Claro que o livro tem muito mais que isso, mas o envolvimento de Amie e Chris é de uma magnitude que nem consigo explicar.

Acho que muito mais do que o romance, esse é um livro sobre a jornada de Amie. Antes de morrer, sua mãe sempre reiterou que a melhor arma de uma pessoa era um coração puro. E durante todos os percalços pelos quais Amie passou, ela nunca deixou o seu coração cair em tentação, procurando sempre se manter com os pés bem firmes no chão. Logo ela, que tanto sonhava em ser a personagem de seu livro preferido, acabou vivendo seu próprio conto de fadas! O final foi, simplesmente, uma das coisas mais lindas que já li e me deixou muito feliz porque era o mínimo que uma pessoa tão especial quanto Amie merecia (notem que já estou tratando como BFF). Fora que teve uma pequena surpresinha que me fez gargalhar e derramar algumas lágrimas ao mesmo tempo.

Esse já é o segundo livro da Sam que eu leio. Não a conheço muito bem, mas posso apostar que muito dela está na Amie e vice-versa (confesso que na minha cabeça, a Amie tem a cara da Samanta! hahaha). Queria agradecer a Sam por esse livro maravilhoso (que entrou pra minha pequena lista de favoritos) e elogiá-la pelo trabalho. É notável o desenvolvimento da sua escrita desde O Pássaro e espero que você continue melhorando sempre!

Caso não tenha ficado claro até agora, recomendo muito Quero Ser Beth Levitt! Você vai rir, chorar e se angustiar, mas no final vai valer muito a pena e você vai terminar com um sorrisinho no rosto!

Termino esse post com uma quote da minha nova melhor amiga, Amelie Wood:

Amie percebeu que tudo em que sempre acreditara era a mais pura verdade, apesar do mundo ter tentado tantas vezes convencê-la do contrário. Que o amor ainda era a força mais poderosa que existia no universo. Que a justiça sempre acabava vencendo. E que os sonhos existiam para serem concretizados. Mesmo que, na prática, eles viessem um pouco diferentes.Na prática, eles eram sempre muito melhores.


PS: Miga, não precisa ser a Beth não. Só de ser Amelie já tá ótimo!


Um comentário:

  1. Querida Mariana,

    Que resenha mais lindaaaaaaaaa!!! <3

    Amei, amei, amei suas palavras e a forma como você retratou o livro aqui no blog :) Sempre fico muito feliz quando sei que a leitura se tornou especial para o leitor, que os personagens encantaram e, mais que isso, atravessaram o limite das páginas e tocaram corações!! Bom demais saber que Amie se tornou sua BFF :) E ri muito quando disse que a imaginou com minha cara rs... <3 Que fofa!!!!

    Ahhhh não posso deixar de comentar que meus olhos brilharam com a comparação com o ritmo de Sophie Kinsella... adorooooooo todos os livros dela!! Fiquei toda boba aqui :) Obrigada!!

    Muito bom saber que a leitura foi tão positiva! Obrigada por enumerar tudo o que sentiu... amei conhecer sua opinião e ver Beth em sua lista de favoritos!

    Beijos no coração,
    Sam

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